Do conceito à aplicação - identidade visual para exposições
Desenvolver uma identidade visual para uma exposição envolve um processo cuidadoso que vai desde o conceito até a aplicação prática dos elementos visuais. A identidade visual é essencial para comunicar a temática da exposição, envolver o público e fortalecer o reconhecimento da marca associada ao evento. Por esse motivo ter um profissional que possa desenvolver a comunicação visual da exposição e o catálogo é um dos pilares que fazem parte da produção de exposições.
Definindo o conceito
O primeiro passo para criar uma identidade visual eficaz é definir o conceito central da exposição. Normalmente as reuniões de alinhamento desse conceito seguem com a presença de curadores, designers e equipe de produção.
Este conceito deve refletir o tema, a mensagem e o público-alvo. Pergunte-se:
Qual é a história que queremos contar com esta exposição?
Qual é a emoção ou sensação que desejamos evocar nos visitantes?
Quem são os artistas participantes?
Quem é o público-alvo e quais são suas preferências?
Exemplo: Se a exposição é sobre arte moderna, o conceito pode envolver um design minimalista com formas geométricas e cores sólidas que traduzem modernidade e inovação.
Escolha da paleta de cores
A paleta de cores é um dos elementos principais da identidade visual. Cada cor evoca sensações e interpretações específicas, por isso, é importante escolher tons que reflitam o tema da exposição.
Além disso, é interessante definir uma cor principal que será recorrente em toda a identidade visual, combinando-a com outras cores complementares para manter o equilíbrio visual.
A escolha de cores, não é um tema tão simples, e por esse motivo o profissional de design visual é fundamental para unir e traduzir todos os conceitos acima citados de acordo com cada exposição.
Tipografia
A tipografia escolhida deve estar alinhada ao tema e à mensagem da exposição. Ela será aplicada nos títulos, textos explicativos, sinalização e materiais promocionais.
Fontes Serifadas: Passam uma sensação clássica e formal.
Fontes Sans Serif: Modernas e minimalistas.
Fontes Decorativas: Podem ser usadas em detalhes específicos para chamar atenção, mas devem ser utilizadas com moderação para não comprometer a legibilidade.
Citamos aqui fontes comumente usadas, lembrando que os designers desempenham um papel fundamental na criação e pesquisa de fontes para cada exibição, possibilitando uma identidade visual única para cada mostra. Garanta que as fontes escolhidas estejam disponíveis para uso em todos os formatos e suportes planejados.
Elementos gráficos
Os elementos gráficos complementam a paleta de cores e a tipografia, criando uma linguagem visual única. Esses elementos podem incluir ícones, formas, texturas e padrões que serão aplicados em materiais impressos e digitais.
Ícones e Pictogramas: Úteis para sinalização dentro da exposição, facilitando a navegação do visitante.
Padrões e Texturas: Podem ser aplicados em fundo de banners ou no design de folhetos, oferecendo consistência visual.
Formas Geométricas: Complementam o design, especialmente em exposições de temas contemporâneos, por exemplo.
Aplicação Coesa
Para garantir que a identidade visual seja aplicada de maneira coesa em todos os pontos de contato, é importante desenvolver um manual de identidade visual. Esse manual serve como referência para a equipe de produção, definindo:
Como utilizar as cores e as fontes em cada material.
Tamanho e proporções dos elementos gráficos.
Exemplo de aplicação em diferentes suportes, como cartazes, banners digitais, sinalização interna e folhetos.
Exemplo de aplicação: digital e físico
A identidade visual deve ser adaptável aos ambientes físicos e digitais. Em espaços físicos, como banners e paredes, o design deve garantir visibilidade e coerência com o layout da exposição. Em plataformas digitais, como sites e redes sociais, deve manter a legibilidade e respeitar os limites de cada formato.
Tecnologia e experiência interativa
Aproveitar tecnologias como QR codes, e totens digitais permite uma extensão interativa da identidade visual. Através de dispositivos móveis, o visitante pode acessar conteúdos adicionais, vídeos e imagens complementares, enriquecendo a experiência.