Como a luz transforma o espaço
A iluminação desempenha um papel fundamental na montagem de exposições, não apenas para garantir visibilidade, mas também para transformar a experiência do visitante. Ela vai além de meramente iluminar o espaço, influenciando diretamente a percepção, o foco e as emoções do público. Um design de iluminação eficaz pode fazer uma exibição se destacar, criando uma experiência imersiva e realçando a narrativa da exposição.
Foto: Fernando Silveira
Exposição de Alice Brill, no Museu de Arte Brasileira, SP
Iluminação como elemento de Design
A luz é uma ferramenta poderosa para destacar objetos e guiar o olhar do visitante. Iluminação direcional e spots podem ser usados para focar em peças específicas, criando pontos de interesse claros e realçando os detalhes das obras, enquanto áreas menos iluminadas ajudam a criar contraste. Backlights e luzes difusas também adicionam profundidade, dando uma sensação tridimensional às exposições.
Além disso, a escolha entre luz natural e luz artificial é um dos aspectos mais discutidos em projetos de iluminação. A luz natural, quando controlada corretamente, pode proporcionar uma experiência envolvente, mas vem com desafios, como possíveis danos causados pelos raios UV e a necessidade de controle de intensidade ao longo do dia. Já a luz artificial, especialmente com as inovações em LEDs, oferece controle preciso sobre a temperatura de cor e a intensidade, permitindo que o curador ajuste a iluminação para cada tipo de obra, garantindo uma preservação adequada sem comprometer a experiência visual.
O impacto na percepção
A maneira como a luz é usada em uma exposição pode orientar a atmosfera e influenciar o estado emocional dos visitantes. A transição entre áreas mais escuras e mais iluminadas também pode controlar o ritmo da visita, permitindo momentos de contemplação em ambientes mais suaves, seguidos de destaque em peças centrais.
Tecnologia e sustentabilidade
Nos últimos anos, o uso de tecnologias de iluminação, como sensores de movimento e programação de LED, tornou-se uma prática comum em exposições. Isso permite não apenas a criação de ambientes dinâmicos, mas também contribui para a sustentabilidade, com o controle da intensidade e do uso de energia. LEDs oferecem vantagens como longa vida útil, baixa emissão de UV e IR, e uma grande variedade de opções de cores e temperaturas.
Baixa emissão de UV e IR refere-se à capacidade de uma fonte de luz, como um LED, de emitir níveis mínimos de radiação ultravioleta (UV) e infravermelha (IR). Isso é importante em ambientes sensíveis, como museus e galerias, onde a exposição prolongada a essas formas de radiação pode danificar obras de arte, documentos históricos e outros materiais sensíveis.
UV (ultravioleta): Radiação que, embora invisível ao olho humano, pode causar desbotamento de cores e degradação de materiais orgânicos como papel, tecido e pinturas. .
IR (infravermelho): A radiação infravermelha está associada ao calor. Fontes de luz que emitem altos níveis de IR podem aquecer excessivamente os objetos expostos.